DIA SEGUINTE
Fora na manhã do dia seguinte Bil Uil e Estefânia haviam se declarado casados. Estefânia, ao sair da caverna, avistou na linha do horizonte grossas fumaças subindo ao céu.
−Chegue aqui, Bil? – convidou ela preocupada.
Bil Uil, ao sair e olhar, perguntou o que significava aquilo.
−Estou convencida de que atearam fogo na plantação de milho de meus pais.
Bil Uil acendeu a cigarrilha e, em silêncio, ficou observando. Pensativo, foi sentar−se sobre a pedra.
No início da tarde escutaram Dam anunciar que estava subindo. Precavidamente preparam−se para recebê−lo. Dam surgiu acompanhado da serva Anis que, ao avistar a sua senhora, correu de encontro e a abraçou. Estefânia retribuindo o afeto à Carambola, na sua linguagem, contou que homens sob o comando de Roy haviam não só ateado na plantação de milho.
−Não só, Anis? Em que mais? – quis saber Estefânia.
Em gestos, disse que fora na residência.
−Encontrei-a perdida. – disse Dam.
−Filho de cadela leprosa! – reagiu Estefânia passando a chorar.
Dam disse:
−Parece que Roy assumiu o comando.
Roy, empolgado, dizia que sabia onde Bil Uil, Estefânia e Dam se encontravam escondidos. O Xerife o criticou dizendo−lhe que havia dado uma de “cavalo do cão”.
−Como assim, senhor Xerife? – quis saber.
−Ateou fogo na plantação de milho e na residência dos Davies.
−Para que Estefânia aprenda e saiba com quem anda, senhor Xerife.
O pai interveio.
− Seria você a companhia certa, rapaz?
− Por que a pergunta, papai?
− Por nada. Não ficou subentendido, senhor Xerife?
−Ficou, senhor James. Daria um belo casal.
Roy desviou as vistas. James, por sua vez, depositou pensamento no convite recente que lhe foi feito pela esposa: “Venha ver isso, James.” Acompanhando−a, adentraram o aposento de Roy. Abriu o armário, apanhou um maço de papéis e o entregou pedindo para que lesse. Eram cartas escritas por Roy, dirigidas a Estefânia, porém nunca enviadas. Após examiná-las, perguntou como ela sabia. “Sara que me contou. O seu filho ama Estefânia e acho que ela o ignora. Perdoe−me, James, o seu filho é doente. Ele a ama? Incendiou a plantação de milho, como não bastasse, ateou fogo na residência.”
Recolhendo o pensamento, expressou concordar com o Xerife:
−De fato, Roy, você deu uma de “cavalo do cão”.
−Até você, papai?
−Deseja saber? Também sabemos onde se encontram escondidos: na ex-propriedade dos pais de Bil Uil.
−Que imensa propriedade, papai! Sabem do exato local?
−Você sabe?
−Claro que sim.
−Como sabe?
−Pouco importa. Não devemos permitir que erros do passado se repitam. Bil Uil não poderá escapar com vida. Caso, mais uma vez aconteça, um dia retornará. Não pretendo viver sobressaltado, papai. A não ser que vocês queiram viver sob a expectativa de um dia ele retornar.
O Xerife olhou para James para dizer que Roy tinha razão.
−Viveríamos assustados, senhor James. – pronunciou.
−Agradecido pelo apoio, senhor Xerife. No final da tarde, irei buscá−los. – enfatizou Roy.
Mensagens em fumaças emitidas pelos Carambolas cruzavam o céu de modo preocupante. Anunciavam que a cidade, a qualquer momento, seria impiedosamente massacrada. Os moradores temerosos protegiam−se, pregavam madeira nas portas, janelas, em tudo que fosse acesso.
−Estou com medo, papai. – disse Sara, assim que o senhor James adentrou a casa.
−O que está havendo? – perguntou a esposa.
James olhou para a filha que tinha voltado a distrair−se com a boneca e disse:
−Cinco Carambolas foram torturados e mortos. Estou convencido de que foi Roy para obter a confissão do lugar onde Bil Uil estaria escondido.
−O seu filho é louco. Por onde anda?
−Não sei. Disse−nos que iria buscá−los.
−Buscá−los?
−Bil Uil, Dam e Estefânia.
−Serão enforcados. – afirmou ela estarrecida.
−Não há como negar.
−É assim que o seu filho ama a Estefânia como declara nas cartas? O seu filho é doente, James.
−Amava a mãe que nos abandonou. – justificou desfeito o senhor James.
Houve silêncio.
−… Trouxe homens. Colocaram madeira nos acessos da casa. – disse o senhor James.
−Será um massacre, James. Estou com medo. – confessou a esposa.
−Eu também, mamãe.
Olharam para a pequena Sara que se distraía com a boneca.
−Chegue aqui, Bil? – convidou ela preocupada.
Bil Uil, ao sair e olhar, perguntou o que significava aquilo.
−Estou convencida de que atearam fogo na plantação de milho de meus pais.
Bil Uil acendeu a cigarrilha e, em silêncio, ficou observando. Pensativo, foi sentar−se sobre a pedra.
No início da tarde escutaram Dam anunciar que estava subindo. Precavidamente preparam−se para recebê−lo. Dam surgiu acompanhado da serva Anis que, ao avistar a sua senhora, correu de encontro e a abraçou. Estefânia retribuindo o afeto à Carambola, na sua linguagem, contou que homens sob o comando de Roy haviam não só ateado na plantação de milho.
−Não só, Anis? Em que mais? – quis saber Estefânia.
Em gestos, disse que fora na residência.
−Encontrei-a perdida. – disse Dam.
−Filho de cadela leprosa! – reagiu Estefânia passando a chorar.
Dam disse:
−Parece que Roy assumiu o comando.
Roy, empolgado, dizia que sabia onde Bil Uil, Estefânia e Dam se encontravam escondidos. O Xerife o criticou dizendo−lhe que havia dado uma de “cavalo do cão”.
−Como assim, senhor Xerife? – quis saber.
−Ateou fogo na plantação de milho e na residência dos Davies.
−Para que Estefânia aprenda e saiba com quem anda, senhor Xerife.
O pai interveio.
− Seria você a companhia certa, rapaz?
− Por que a pergunta, papai?
− Por nada. Não ficou subentendido, senhor Xerife?
−Ficou, senhor James. Daria um belo casal.
Roy desviou as vistas. James, por sua vez, depositou pensamento no convite recente que lhe foi feito pela esposa: “Venha ver isso, James.” Acompanhando−a, adentraram o aposento de Roy. Abriu o armário, apanhou um maço de papéis e o entregou pedindo para que lesse. Eram cartas escritas por Roy, dirigidas a Estefânia, porém nunca enviadas. Após examiná-las, perguntou como ela sabia. “Sara que me contou. O seu filho ama Estefânia e acho que ela o ignora. Perdoe−me, James, o seu filho é doente. Ele a ama? Incendiou a plantação de milho, como não bastasse, ateou fogo na residência.”
Recolhendo o pensamento, expressou concordar com o Xerife:
−De fato, Roy, você deu uma de “cavalo do cão”.
−Até você, papai?
−Deseja saber? Também sabemos onde se encontram escondidos: na ex-propriedade dos pais de Bil Uil.
−Que imensa propriedade, papai! Sabem do exato local?
−Você sabe?
−Claro que sim.
−Como sabe?
−Pouco importa. Não devemos permitir que erros do passado se repitam. Bil Uil não poderá escapar com vida. Caso, mais uma vez aconteça, um dia retornará. Não pretendo viver sobressaltado, papai. A não ser que vocês queiram viver sob a expectativa de um dia ele retornar.
O Xerife olhou para James para dizer que Roy tinha razão.
−Viveríamos assustados, senhor James. – pronunciou.
−Agradecido pelo apoio, senhor Xerife. No final da tarde, irei buscá−los. – enfatizou Roy.
Mensagens em fumaças emitidas pelos Carambolas cruzavam o céu de modo preocupante. Anunciavam que a cidade, a qualquer momento, seria impiedosamente massacrada. Os moradores temerosos protegiam−se, pregavam madeira nas portas, janelas, em tudo que fosse acesso.
−Estou com medo, papai. – disse Sara, assim que o senhor James adentrou a casa.
−O que está havendo? – perguntou a esposa.
James olhou para a filha que tinha voltado a distrair−se com a boneca e disse:
−Cinco Carambolas foram torturados e mortos. Estou convencido de que foi Roy para obter a confissão do lugar onde Bil Uil estaria escondido.
−O seu filho é louco. Por onde anda?
−Não sei. Disse−nos que iria buscá−los.
−Buscá−los?
−Bil Uil, Dam e Estefânia.
−Serão enforcados. – afirmou ela estarrecida.
−Não há como negar.
−É assim que o seu filho ama a Estefânia como declara nas cartas? O seu filho é doente, James.
−Amava a mãe que nos abandonou. – justificou desfeito o senhor James.
Houve silêncio.
−… Trouxe homens. Colocaram madeira nos acessos da casa. – disse o senhor James.
−Será um massacre, James. Estou com medo. – confessou a esposa.
−Eu também, mamãe.
Olharam para a pequena Sara que se distraía com a boneca.
CAPÍTULO - IX
TRANQUILIDADE MOMENTÂNEA
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